Na noite da última sexta-feira, 28, o motoboy André Andrade Mezzete, de 29 anos, foi abordado pelo policial militar Felipe Joaquim, que estava fora de serviço, na Zona Norte de São Paulo. Ele foi acusado de roubo. Nas imagens gravadas pela vizinhança, o PM aborda com violência o rapaz, mesmo quando ele já estava sentado, desarmado e rendido.
A família de Mezzete alega que ele trabalhava como entregador e foi vítima de racismo. Abaixo, assista ao vídeo divulgado pela Ponte Jornalismo.
Na filmagem, o policial chuta as costas e dá coronhada na cabeça do rapaz que já estava dominado. Joaquim atua na Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam). “Um tiro na sua cara aí, meu filho”, diz o agente no vídeo.
Mezzete foi preso em flagrante por tentativa de assalto a veículo. “Eu não te roubei, você sabe disso”, diz André sentado no chão.
Veja também: Racismo: como é crescer na periferia sendo negro
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Corregedoria da Polícia Militar acompanhará o caso.
Saiba como denunciar violência policial
Existem diferentes ferramentas de denúncia contra a violência policial que, vale frisar, pode ir além da agressão física. Configura-se também pela intimidação moral, no uso ilegal e ilegítimo da força ou da coação.
Disque 100
Canal de comunicação que possibilita conhecer e avaliar a dimensão da violência contra os direitos humanos e o sistema de proteção, bem como orientar a elaboração de políticas públicas.
Ouvidoria de Polícia
Recebe denúncias contra policiais militares e civis que, eventualmente, tenham cometido atos arbitrários ou ilegais; Faz a apuração das queixas. A denúncia pode ser feita anonimamente, por meio de carta e-mail ou telefone.
Em São Paulo, por exemplo, a denúncia pode ser feita até online.
Corregedoria da Polícia Civil e da Polícia Militar
Criado para apurar desvio de conduta policial, órgão pode instaurar inquérito policial quando o crime é cometido por agentes de segurança e, neste caso, encaminhado à justiça comum.
Ministério Publico – MP
Tem como função processar infratores e fiscalizar ações de órgãos públicos envolvidos em investigação criminal, como polícia e órgãos de perícia.
DefeZap
Desenvolvido em 2016 pelas organização Nossas, a plataforma tem como objetivo dar visibilidade à questão da segurança pública e defesa dos direitos humanos.
A plataforma recebe denúncias de violência policial, realiza apurações preliminares e encaminha casos aos órgãos competentes. Conheça a plataforma.
Veja também: ONU denuncia: polícia brasileira mata cinco pessoas por dia
PM é acusado de ameaçar e forjar roubo para prender entregadorpublicado primeiro em como se vestir bem
Nenhum comentário:
Postar um comentário