O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou nesta sexta-feira, 28, o afastamento imediato do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por irregularidades em contratos da saúde no combate à covid-19. O vice-governador Cláudio Castro vai assumir o cargo.
A decisão do ministro Benedito Gonçalves, inicialmente válida por seis meses, ainda proíbe o acesso de Witzel às dependências do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, e o contato com funcionários e utilização dos serviços.
Em sua decisão, o ministro Benedito Gonçalves, entendeu ser suficiente o afastamento do cargo para fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro.
O governador e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, também foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção, que chegou a pedir a prisão de Wilson Witzel, mas que foi negada pelo STJ.
Em nota, a defesa de Witzel disse que “recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”.
Pastor Everaldo preso
A Polícia Federal também cumpre nesta manhã mandado de prisão contra o presidente do PSC, Pastor Everaldo.
O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, ainda expediu mandados de busca e apreensão contra Helena Witzel, o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT);e o desembargador Marcos Pinto da Cruz.
Ao todo a PF cumpre 16 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 10 temporárias, e 82 de busca e apreensão no âmbito da Operação “Tris in Idem”, que é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do governo do Rio.
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