sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Witzel é o 6º governador do Rio de Janeiro investigado por corrupção

O governador Wilson Witzel (PSC-RJ) foi afastado do cargo nesta sexta-feira, 28, por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sob suspeita de irregularidades em contratos da saúde no combate à covid-19.

A decisão foi do ministro do STJ Benedito Gonçalves, que determinou o afastamento de Witzel por 180 dias. O vice-governador, Cláudio Castro, assume o cargo.

O governador Wilson Witzel foi afastado do cargo por 180 dias

Em nota, a defesa do governador Wilson Witzel disse receber “com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade. Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis”.

Witzel é o sexto governador do Rio de Janeiro investigado por corrupção nos últimos anos quatro anos.

De 1998 até hoje, todos os cinco ex-governadores que foram eleitos no Rio de Janeiro e estão vivos já foram presos. Todos respondem em liberdade, exceto Cabral –já condenado e réu confesso. Nenhum deles são de partidos de esquerda.

Os ex-governadores envolvidos em irregularidades são Sérgio Cabral (preso e condenado); Pezão (em liberdade); Moreira Franco (em liberdade); Rosinha Garotinho (em liberdade) e Anthony Garotinho (em liberdade).

Benedita da Silva e Nilo Batista, que nunca foram detidos, tinham cargo de vice-governador e assumiram os mandatos quando os eleitos saíram – Garotinho e Leonel Brizolla (morto em 2004, respectivamente.

Operação Tris in Idem

Autorizada pelo ministro do STJ Benedito Gonçalves, A Polícia Federal desencadeou nesta manhã a Operação Tris in Idem — referência ao fato de se tratar do terceiro governador do estado que se utiliza de esquemas ilícitos semelhantes para obter vantagens indevidas, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

A ação é um desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro.

Policias federais cumprem mandados no Palácio Laranjeiras, sede do governo do Rio de Janeiro

Em sua decisão, o ministro Benedito Gonçalves, entendeu ser suficiente o afastamento do cargo para fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro.

O governador e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, também foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção, que chegou a pedir a prisão de Wilson Witzel, mas que foi negada pelo STJ.

Em nota, a defesa de Witzel disse que “recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”.

Pastor Everaldo preso

A Polícia Federal também cumpre nesta manhã mandado de prisão contra o presidente do PSC, Pastor Everaldo.

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, ainda expediu mandados de busca e apreensão contra Helena Witzel, o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT);e o desembargador Marcos Pinto da Cruz.

Ao todo a PF cumpre 16 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 10 temporárias, e 82 de busca e apreensão no âmbito da Operação “Tris in Idem”, que é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do governo do Rio.

Veja também: STJ afasta Witzel do governo do RJ; Pastor Everaldo é preso

Witzel é o 6º governador do Rio de Janeiro investigado por corrupçãopublicado primeiro em como se vestir bem



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